Autor: Graciliano Ramos
Descrição: A narrativa de Angústia traz total estranhamento em seu primeiro contato: é um romance que requer bastante atenção e cautela do leitor, visto que há fluxo de consciência em boa parte da história, além das diversas temáticas existentes na trama, que passeiam desde o existencialismo aos constantes símbolos, e concomitantemente, abrindo espaço para uma narrativa primorosamente cinematográfica. O romance é narrado em tom confessional e memorialista, e por fins didáticos, alguns críticos atribuem-lhe um lugar na trilogia densa e fortemente existencialista, completada por Caetés(1933) e São Bernardo (1938). O três romances, narrados em primeira pessoa, apresentam personagens num intenso conflito, buscando respostas para seus atos, indagando o porquê dos acontecimentos que os afligem. Tais narrativas são semelhantes a diários íntimos. Em cada um deles, o narrador se desnuda e se desvenda, expondo as dolorosas confissões de culpas dramáticas.